23 de novembro

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Taxa de emprego cresceu 5,48% em Niterói, em 2022; setor de serviços responde por metade das novas vagas

Por Gabriel Mansur
| aseguirniteroi@gmail.com

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Cidade tem aumento de vagas pelo segundo ano seguido, depois da pandemia, mas crescimento desacelerou em relação a 2021
Economia de Niterói desacelerou em 2022. Foto: Reprodução
Economia de Niterói desacelerou em 2022. Foto: Reprodução

Niterói encerrou 2022 com um saldo positivo de 8.160 empregos formais, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). O levantamento foi divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), no último dia 31 de janeiro.

Leia mais: Rodrigo Neves vai tocar maior projeto da Prefeitura de Niterói, com verba de R$ 2 bilhões

Em 2021, ano marcado pela retomada da atividade após o período mais agudo de impacto da pandemia da Covid-19, foram abertos 9.584 postos em termos líquidos, conforme série ajustada. Significa que houve uma desaceleração de 17,4% de um ano para o outro.

O resultado de 2022 é reflexo de 66.439 admissões, 15,9% acima do observado em 2021, e 58.279 desligamentos, o que representa uma alta de 22,13%. Os meses de janeiro e dezembro, que tradicionalmente têm elevado volume de demissões de trabalhadores contratados em regime temporário para as festas de fim de ano,  foram os únicos a fecharem com saldo negativo.

Além disso, quatro grupos de atividades econômicas do Caged tiveram saldo positivo no ano passado. O destaque ficou com o setor de serviços, que abriu 4.339 vagas. Em seguida, aparecem Indústria (2.070), Construção (1.476) e Comércio (365). Já no setor de agropecuária foram fechadas 90 vagas entre janeiro e dezembro do ano passado.

Estoque de empregos

Niterói encerrou o ano de 2022 com 157.034 profissionais empregados com carteira assinada. Representa um aumento de 5,48% em relação a dezembro de 2021, quando o patamar estava em 148.874.

Dados por gênero

De janeiro a dezembro, os homens assumiram 5.454 novos cargos, isto é, 66,8% do total. Já as contratações entre as mulheres alcançam 2.706 profissionais, 33,2%.

O desequilíbrio contraria os dados populacionais apontados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Conforme o Instituto, a maioria dos niteroienses é do sexo feminino, 53,68%.

Faixa Etária e Grau de Instrução

Dos 8.160 novos trabalhadores, 4.324 têm entre 18 e 24 anos. Significa que mais da metade das admissões, 53%, ficou concentrada nos profissionais que estão entrando no mercado de trabalho. Por outro lado, foi registrado um saldo negativo de 134 vagas para profissionais que têm entre 50 e 64 anos. Idosos com mais de 65 anos, que na maioria dos casos dão entrada na aposentadoria, geraram 391 desligamentos.

As contratações por grau de instrução também mostram que os jovens são os preferidos dos empregadores. Do total de empregos, 6.718 contemplam profissionais com ensino médio completo, isto é, 82,32%. Ainda são 209 trabalhadores com superior incompleto e outros 259 já graduados. Na contramão, há nove analfabetos e 86 profissionais com fundamental incompleto.

Dados por municípios

Em âmbito estadual, Niterói foi a terceira cidade que mais gerou emprego em 2022, atrás da capital Rio de Janeiro e Macaé. Em contrapartida, Itaboraí registrou o pior déficit empregatício, com um saldo negativo de 1.128 vagas em 12 meses.

Entre os melhores municípios:
  1. Rio de Janeiro: 102.931 vagas;
  2. Macaé: 8.793;
  3. Niterói: 8.160;
  4. Duque de Caxias: 6.942;
  5. Angra dos Reis: 4.668.

Recorte regional

No recorte regional, foram criados 979 mil empregos no Sudeste e 385 mil no Nordeste. A lista segue com 309 mil postos no Sul, 232 mil no Centro-Oeste e 119 mil na Região Norte. No total, o Brasil fechou 2022 com um saldo positivo de 2,038 milhões de empregos formais.

Nova divisão

O MTE agora passou a fazer um recorte entre o que chamou de postos de trabalho “típicos” e “não típicos”. Este último grupo diz respeito a trabalhadores como aprendizes, intermitentes, temporários e com carga horária de até 30 horas.

Cerca de 14% das vagas líquidas criadas no ano passado dizem respeito a trabalhadores considerados não típicos. O Ministério também apresentou esse recorte em relação ao estoque de trabalhadores no país, iniciando a mediação em dezembro de 2018, imediatamente antes do ínicio do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Nos quatro anos de Bolsonaro na Presidência da República, segundo os dados, o crescimento do estoque de postos típicos foi de 11,1%, enquanto o aumento das vagas não típicas foi de 32,6%.

Com relação aos níveis de salário, os valores médios de contratação tiveram ligeira alta em 2022, passando de R$ 1.897,30 em dezembro de 2021, para R$ 1.915,16, no fechamento do ano passado.

Sobre os números, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, disse que o governo Lula (PT) visa intensificar a fiscalização para combater contratações precárias, argumentando que o mercado emprega trabalhadores de forma irregular, especialmente na classificação de Pessoa Jurídica ou de Microempreendedor Individual (MEI).

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