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Martine Grael e Kahena Kunze se tornam os primeiros atletas do Brasil, entre homens e mulheres, a conquistar duas medalhas de ouro na vela em Olimpíadas seguidas.
Torben/Marcelo Ferreira, na classe Star, e Robert Scheidt, na Laser, venceram em 1996 e 2004, mas não conseguiram um bicampeonato seguido. Na Regata da Medalha, a última regata disputada, na madrugada desta terça-feira (3) elas ficaram em terceiro lugar, mas à frente das rivais diretas pelo título, as alemãs Tina Lutz e Susann Beucke, que ficaram com a prata, e as holandesas Annemiek Bekkering e Anette Duetz, medalha de bronze.
– Ainda não caiu a ficha. Está difícil de acreditar. Foi uma semana muito difícil de velejar, disse Martine Grael, ainda no barco.
Kahena Kunze lembrou da dificuldade na caminhada até o bicampeonato olímpico, principalmente após as regatas iniciais:
– Foi um campeonato de recuperação. No primeiro dia, aconteceram coisas e parecia que o ouro estava longe.
As brasileiras adotaram uma estratégia ousada, optando por uma direção diferente das adversárias. E se mantiveram sempre à frente dos barcos que disputavam diretamente a medalha de ouro, os barcos da Holanda e da Alemanha. As argentinas venceram a regata, seguidas das norueguesas. As brasileiras passaram em terceiro lugar e comemoram a medalha de ouro.
O resultado representa o oitavo ouro da vela na história das Olimpíadas para o Brasil, mantendo a modalidade como a mais dourada do país. Além dos oito ouros, são três pratas e oito bronzes, com 19 no total.
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