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Uma nota triste para Niterói. Durante a semana epidemológica 49, encerrada no dia 10, a cidade atingiu a marca de três mil mortes por Covid-19, desde que a doença começou a circular, em 2020. Os dados só foram atualizados pela Fundação Municipal de Saúde (FMS), na sexta-feira (17), após a confirmação dos diagnósticos.
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Foram cinco óbitos registrados na semana 49, em meio a 383 casos. O total de ocorrências documentadas, desde o primeiro diagnóstico, em 9 de março de 2020, é de 87.741.
Embora acessível no painel da Prefeitura, a consulta diária aos dados ficou mais difícil desde terça-feira passada. Isso porque o painel da Secretaria Estadual de Saúde (SES), onde o relatório costumava ser postado diariamente, está fora do ar “devido a problemas técnicos”, segundo informou a SES. O site seguia sem sistema até o momento de publicação desta reportagem.
2022:
219 óbitos;
27.691 casos;
taxa de letalidade: 0,79.
2021:
1.540 óbitos;
27.392 casos;
taxa de letalidade: 5,62.
2020
1.241 óbitos;
32.658 casos;
taxa de letalidade: 3,80.
Niterói também é o terceiro município do estado a atingir três mil mortes com o coronavírus: a capital, com 37.775 óbitos confirmados até o encerramento da semana 49, e São Gonçalo, com 4.150, têm os piores índices. Lembrando que não é possível analisar a semana 50.
Em Niterói, a primeira vítima foi um homem de 69 anos, que faleceu no Hospital Icaraí, em 19 de março de 2020, ou seja, há 1.005 dias. O idoso possuía comorbidades e morreu por choque séptico e pneumonia. Desde então, é como se morresse, em média, um morador a cada oito horas.
Entre março de 2020 e junho de 2021, mesmo com a aplicação de medidas sanitárias, como o isolamento social e o uso obrigatório de máscaras, foram 2.323 mortes, 77% do total. No segundo ano de pandemia, entre abril e maio de 2021, Niterói chegou a registrar uma média móvel de 65 mortes.
As semanas epidemiológicas 14 (4 a 10 de abril), 19 (9 a 15 de maio) e 21 (23 a 29 de maio) foram as piores da doença na cidade, com mais de 70 famílias enlutadas.
A partir de junho do ano passado, período em que a vacina começou a ser aplicada no município, o índice de mortalidade reduziu, tanto que o ano se encerrou com uma média móvel abaixo de cinco mortes. Mas os casos voltaram a subir nas primeiras semanas de 2022, principalmente em janeiro, em meio a reabertura parcial da economia.
As semanas epidemiológicas 4 (23 a 29 de janeiro) e 5 (30 de janeiro a 5 de fevereiro), aliás, tiveram a maior taxa de mortalidade do ano. Foram registrados, neste intervalo, 82 óbitos. Desde março, todavia, a cidade não registra mais de 10 mortes em uma única semana.
Depois de cinco semanas com alta de casos de Covid-19 provocada por uma nova subvariente da Ômicron, a BQ.1, os dados epidemiológicos da Secretaria de Estado de Saúde do Rio apontam tendência de redução da doença, em Niterói.
A análise considera os dados registrados nas semanas epidemiológicas 47 (20 a 26 de novembro), 48 (27 de novembro a 3 de dezembro) e 49 (4 a 10 de dezembro). No período analisado, o número de casos por confirmação caiu de 725 para 640 e, na semana seguinte, a penúltima encerrada, para 383. Em 14 dias, houve uma queda de 89% das ocorrências.
Também, o balanço semanal divulgado pelo Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Casas de Niterói e São Gonçalo (SindHLeste), na última segunda-feira (12), aponta uma redução de 58% de ocupação dos leitos de enfermaria em clínicas privadas. No dia 5 de dezembro, eram 19 pacientes internados, contra oito registrados no último levantamento. Já o número de pacientes internados em UTIs caiu de 21 para 18, uma redução de 14,2%.
A ocupação em hospitais públicos é menor. Conforme painel da Fundação Municipal de Saúde (FMS), há seis pessoas internadas, todas em leitos de enfermaria. Os dados apresentam uma estabilidade, visto que eram oito na semana retrasada, sendo que um estava na UTI.
Em janeiro e fevereiro deste ano, a média diária de solicitações de leitos chegou a 177, incluindo enfermaria e UTI. No pico da onda causada pela variante Gama, em março de 2021, essa média diária chegou a 422 solicitações.
O novo Boletim InfoGripe da Fiocruz, divulgado na sexta-feira (16/12), também indica que a desaceleração na curva nacional é reflexo da queda de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo. Porém, no restante do país, o sinal ainda é de crescimento.
O estudo segue apontando para um aumento de casos de SRAG positivos para Sars-CoV-2 (Covid-19) entre a população adulta em estados de todas as regiões do país. Referente à Semana Epidemiológica (SE) 49, período de 4 a 10 de dezembro, a análise tem como base os dados inseridos no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até o dia 12 de dezembro.
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