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Como aconteceu na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a Universidade Federal Fluminense (UFF) também voltou a recomendar o uso de máscara, em sala de aula, como prevenção à Covid-19. A orientação consta de um Informe Técnico, com data de 7 de novembro, assinado pelo GT Covid-19 UFF.
O documento afirma que o SARS-COV-2, agente causador da Covid-19, não desaparecerá do nosso meio, “mesmo com a administração de vacinas efetivas e disponibilização de medicamentos aprovados pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária)”.
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“Este conhecimento é fundamental para que se entenda que poderá haver aumento de casos, acompanhando a primavera/inverno do Hemisfério Norte (o que está ocorrendo neste momento) e no final do outono/início do inverno do Hemisfério Sul (entre abril a julho/agosto de 2023). Estes aumentos de casos são absolutamente esperados, assim como o surgimento de novas variantes do vírus”, diz o texto.
O informe explica que, atualmente, a Organização Mundial da Saúde classifica as variantes da SARS-COV-2 em três grupos, por ordem decrescente de importância: variantes de preocupação (mais importantes do ponto de vista epidemiológico), variantes de interesse (evidências são ainda preliminares em relação à importância epidemiológica) e variantes sob monitoramento (impacto incerto para o futuro).
De acordo com o documento, no momento, “como esperado”, está sendo verificado aumento de casos de Covid-19 no Hemisfério Norte, cujas variáveis de preocupação, elencadas pelo EUROCDC (European Centre for Disease Prevention and Control) são as BA.2, BA.4 e BA.5, todas detectadas, inicialmente, na África do Sul e derivadas da variante Ômicron.
“Recentemente, o município do Rio de Janeiro, divulgou o isolamento da variante BQ.1 que, por enquanto, é classificada pelo EUROCDC como variável de interesse, cuja circulação e importância epidemiológica ainda é incerta”, observa o informe.
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Em função do quadro atual, o GT Covid-19 UFF, informou à comunidade acadêmica que mantém a deliberação em favor da desobrigação do uso de máscaras faciais em ambientes abertos em todos os campi da UFF. Já para ambientes fechados, a recomendação é de uso de máscaras como uma medida de prevenção, observando que as aulas presenciais não devem ser interrompidas por conta do cenário epidemiológico atual.
Outras recomendações feitas foram: atualização do esquema vacinal considerando as doses de reforço já disponíveis nas unidades de saúde; afastamento das atividades laborais e acadêmicas em caso de sintomas gripais e indicação de avaliação médica, além das medidas rotineiras de prevenção de infecções respiratórias, como higienização de mãos, manutenção de ambientes arejados, boa alimentação e uso de máscaras para pessoas maiores de 60 anos e imunodeprimidos.
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