COMPARTILHE
A Fiocruz confirma a circulação de uma nova subvariante da Covid no Rio de Janeiro, a Ômicron BQ.1, detectada no estudo de sequenciamento genético do coronavírus. A nova mutação é motivo do alerta dos infectologistas para o risco de novo aumento dos casos da doença.
– Nós infectologistas já notamos nas últimas duas semanas o crescimento de atendimentos de Covid, e isso já se reflete na procura nos prontos de socorros, que são nosso termômetro. Nas próximas duas semanas acredito que já vamos detectar um aumento expressivo nos novos casos – disse a declaração da médica Rosana Richtmann do Instituo de Infectologia Emílio Ribas, em declaração ao jornal O Globo.
O número de casos de novos casos de Covid no estado do Rio se manteve estável na semana passada, a Semana Epidemiológica 44, em relação à semana anterior: foram 4.364 registros contra 4.935. Em Niterói, foram 155, contra 160.
O índice da semana SE 43 havia acendido o alerta dos especialistas, invertendo uma tendência de queda que já durava seis meses e que fez o Brasil abandona todas as medidas de proteção, como o uso de máscaras.
Os números se mantêm baixos e os resultados de uma ou outra semana tomados isoladamente não permitem estabelecer uma tendência. Mas os infectologistas temem que novas variantes da Ômicron como a BQ.1 possam desencadear novo aumento do número de casos.
A secretaria de Saúde confirmou o primeiro caso da BQ.1. A paciente é mulher de 31 anos, moradora da Zona Norte, já vacinada e que passa bem e não precisou ser internada.
A subvariante está associada a um recente aumento de casos de Covid nos Estados Unidos e na Europa. O primeiro caso identificado no Brasil foi em uma paciente da Amazônia.
A Prefeitura do Rio reforçou neste sábado (5) a recomendação para que aqueles que ainda não tomaram a dose de reforço da vacina contra a Covid-19 procurem uma unidade de saúde a partir de segunda-feira, para concluir o esquema de imunização.
A existência de novas variantes e subvariantes da Covid aumenta o risco de reinfecção, já comprovado cientificamente. A vacinação demonstrou que a proteção atenua os efeitos da doença, reduzindo as taxas de risco de internação e morte.
Leia também: Estado do Rio volta a registrar aumento de casos de Covid
COMPARTILHE