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O aumento dos preços dos produtos que compõem o grupo “alimentação e bebidas” da pesquisa do IBGE que mede o IPCA, o índice oficial de inflação, aponta um aumento de 9,54% este ano, o maior nos nove primeiros meses do ano desde que o Plano Real deixou para trás os tempos de hiperinflação, em 94. Naquele ano, o IPCA acumulava inacreditáveis 915,08% de aumento. Em 28 anos, é a primeira vez que a inflação dos alimentos fica tão alta, um aumento de um ponto percentual a cada mês.
Nas prateleiras dos supermercados de Niterói é possível perceber o aumento. Leite a R$ 8,50; feijão a R$ 6.99; ovos a R$ 12 a dúzia. A banana, que no Brasil muitas vezes era usada como referência a preços baixos, por sua abundância, pode custar R$ 7, o quilo. No açougue, a carne de segunda saiu em média a R$ 30; alcatara e contrafilé chegam a R$ 50; o filé mignon pode custar R$ 70. No país que é considerado o maior exportador de alimentos do mundo, a conta dos desequilíbrios da economia foi parar na mesa do consumidor.
Especialistas atribuem a alta a fatores climáticos, como as chuvas no Sudeste, que afetam o preço de legumes e verduras; ou às secas no Sul do país, que castiga o rebanho. Também entram na conta os preços das chamadas commodities, produtos que o Brasil exporta e que têm forte demanda internacional, que fazem com que os preços subam, como acontece com a soja, a carne e o acúcar. A recomendação do Procon ao consumidor, neste quadro, é pesquisar os preços. As variações nos mercados podem chegar a até 50%.
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