Mulher, ambientalista, evangélica, ex-ministra do Meio Ambiente, ex-senadora, ex-seringueira, Marina Silva (Rede) declarou apoio ao candidato do PT à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, nesta segunda-feira (12/9). A três semanas das eleições de 2 de outubro, Marina deixou as diferenças com o PT de lado e se pintou para a guerra contra o bolsonarismo.
— Olhando para o que está acima de nós, manifesto meu apoio de forma independente ao candidato e futuro presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Compreendo que, neste momento crucial da nossa História, quem reúne as condições para derrotar Bolsonaro e a semente maléfica do bolsonarismo é a sua candidatura -disse ela.
Marina personifica dois segmentos em que Bolsonaro vai mal nas pesquisas, o das mulheres e o de defensores do meio ambiente, da Amazônia. Por outro lado, é evangélica, da Assembleia de Deus desde 1996, um eleitorado no qual o atual presidente tem maioria sobre Lula. O petista não escondeu a satisfação no anúncio do apoio. Todo o esforço será feito pelo PT para tentar resolver a eleição ainda no primeiro turno.
Ao lado de Lula, a ex-ministra criticou as ameaças à democracia e a volta da fome no governo Bolsonaro.
— Estamos vivendo aqui um reencontro político e programático. Porque do ponto de vista das nossas relações pessoais, tanto eu quanto o presidente Lula nunca deixamos de estar próximos e de conversar, inclusive em momentos dolorosos de nossas vidas. Nosso reencontro político e programático se dá diante de um quadro grave da política do nosso país, diante de uma ameaça, a ameaça das ameaças, à nossa democracia — disse.
Marina foi ministra de Lula, mas os dois romperam politicamente e ela deixou o PT. Hoje é candidata a deputada federal pela Rede Sustentabilidade por São Paulo. Antes do anúncio do apoio a Lula, entregou ao ex-presidente um documento com propostas para a área ambiental.