27 de novembro

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Niterói “nada em dinheiro” com o aumento da produção e valorização do petróleo

Por Redação
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Arrecadação já passa de R$ 1,130 bilhão, muito perto de superar o recorde histórico de 2021
royalties
A exploração de petróleo em águas profundas garante a receita dos royalties do pré-sal. Foto: divulgação

O preço da gasolina, que tem infernizado a vida dos brasileiros, também trouxe boas notícias para Niterói. A arrecadação da cidade com os royalties e participações especiais na produção de petróleo está perto de superar a marca histórica de 2021: o município já arrecadou R$ 1,540 bi, apenas nos primeiros sete meses do ano – mais de 80% do valor que entrou nos cofres da cidade no ano passado. A alta decorre do aumento da produção, do preço internacional do barril de petróleo e da cotação do dólar.

O vigor da exploração de petróleo na bacia de campos, que concentra mais de 80% da produção do país, aparece no Anuário do Petróleo no Rio 2022, publicado pela Firjan, e será fator importante para a recuperação da economia do estado, nos próximos anos. A pedido do A Seguir Niterói, a Firjan informou o total de recursos recebidos pela cidade. O último trimestre foi o melhor já registrado em todos os tempos, em termos de participação nas receitas: R$ 490 milhões. E o mês de junho seguiu batendo recordes, com mais R$ 190 milhões de arrecadação de royalties.

Superciclo do petróleo

De acordo com o mapa da Firjan, a maior receita do petróleo, entre todos os municípios, cabe a Maricá, pela extensão de seu litoral, projetado sobre a bacia de Campos, área de exploração do pré-sal. Niterói fica com a segunda posição. É o quarto colocado em termos de royalties, mas o segundo em participação nas receitas. Na soma, o município arrecadou R$ 1,9 bi no ano passado, o recorde histórico, até agora.

Segundo o coordenador de Conteúdo Estratégico de Petróleo, Gás e Naval da Firjan, Fernando Montera, o Rio de Janeiro, maior estado produtor do país, acaba sendo o local que mais atrai a atenção dos investidores. A análise dos dados do primeiro semestre revela que foi o único que teve aumento significativo de produção. Enquanto os estados tiveram queda estimada de 15% no total, o Rio de Janeiro aumentou a produção em 130 mil barris/dia, ampliada em 5,5% nos seis primeiros meses deste ano.

– O Brasil vive atualmente um superciclo do petróleo. O preço ultrapassa a faixa dos R$ 600, valor nunca antes visto no país. Isso reflete, em receita, em ações governamentais, em apetite de investimento- , disse Montera.
O pré-sal representa 75% da produção nacional de petróleo e o Rio de janeiro vem expandindo seu papel na produção nacional, chegando a 83% em 2022 e retomando patamar semelhante ao ano de 2010. A maioria das áreas exploratórias do pré-sal se encontra nos limites geográficos dos mares fluminenses.
Para o presidente em exercício da Firjan, Luiz Césio Caetano,  “o petróleo que o Rio de Janeiro produz é de melhor qualidade, tem custo mais barato de produção, é mais produtivo, a indústria emite menos que outras localidades do mundo. A gente precisa ressaltar que é capaz de atender (a demanda), e de atrair mais investimentos. É preciso uma política de estado de longo prazo, que olhe para os diferenciais competitivos e consiga melhorar outras questões que não são ainda competitivas.”

 

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