30 de dezembro

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Andrea Ladislau

Andrea Ladislau é graduada em Letras e Administração de Empresas, pós-graduada em Administração Hospitalar e Psicanálise e doutora em Psicanálise Contemporânea. Tem especialização em Psicopedagogia e Inclusão Digital. Na pandemia, criou no Whatsapp o grupo Reflexões Positivas, para apoio emocional a pessoas do Brasil inteiro.
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Manifestações limitantes da Síndrome do Impostor

O indivíduo que sofre com a Síndrome do Impostor tem uma tendência a usar termos autodepreciativos.

Já ouviu falar na síndrome do impostor? Sabe do que se trata?  Então vamos ao que interessa: a Síndrome do impostor é um padrão típico de comportamento que descreve uma sensação e uma mistura de sentimentos que ocorrem quando não acreditamos que somos merecedores de algo.

Quando, de forma inconsciente, ignoramos nossos méritos e questionamos insistentemente, nossas competências. A pessoa sofre com uma inferioridade ilusória. É um padrão comportamental.

Não é uma doença mental e por ser padrão de sensações e comportamento, pode ser modificado e trabalhado.

Mas, se não tratado pode até se associar a outros distúrbios mentais, tais como: depressão, fobias, irritabilidade, alterações de humor, elevação do complexo de inferioridade, entre outros.

Essa síndrome pode se manifestar quando eu acredito estar ocupando um lugar que não mereço e me sinto enganando pessoas. Algumas características são muito peculiares do problema e podem identificar com facilidade uma pessoa que está sofrendo com a síndrome.

Por exemplo:

  • o indivíduo se coloca como um verdadeiro impostor;
  • evita falar sobre suas conquistas e se coloca no papel de errado ou culpado pelo que possui;
  • apresenta uma autoestima muito baixa; se sabota constantemente por medo de assumir lugares de destaque, vivendo em um ciclo;
  • procrastina as tarefas que lhe são atribuídas;
  • sente muito medo do que as pessoas pensam e acham, medo de ser julgado e descoberto em suas farsas;
  • quer agradar a todo momento;
  • se autodeprecia, não acreditando em si mesmo;
  • não admite errar, julgando-se com pensamentos negativos a respeito de si mesmo;
  • sente medo de se expor; se compara com outras pessoas sem levar em consideração o esforço que faz para realizar seus objetivos;
  • possui grande dificuldade em mudar seus comportamentos;
  • possui enorme instabilidade emocional e insegurança sobre as capacidades;
  • desqualifica seus feitos pessoais associando-os a fatores que justificam a conquista;
  • acredita que possa estar enganando os outros, por não ser merecedor de tais situações e desconfia de tudo. Ou seja, por todo descrito, é uma pessoa excessivamente insegura e pode apresentar ar de desconfiança em tudo.
  •  tendência a usar frases como: “eu não sou inteligente”, “não tenho talento”;
  • usa discursos autodepreciativos;
  • necessidade constante de reavaliar o próprio trabalho ou sua própria atividade;
  • fuga de situações que possam colocar o indivíduo no centro das atenções;
  • trabalhos além do necessário e um medo exagerado de ser descoberto.

Sentimentos como medo, insegurança, fobia social, alterações de humor, timidez são frequentes na vida de quem sofre com a síndrome do impostor.

Normalmente, dobram seus esforços na realização de qualquer tarefa ou trabalho, o que gera desgaste físico e emocional muito maior, fazendo também com que se sintam sempre insatisfeitos.

Portanto, o tratamento para essa síndrome é a psicoterapia com profissional adequado que poderá auxiliar o indivíduo a alcançar a cura deste processo, compreendendo onde estão ancorados os sentimentos negativos que favorecem estes sentimentos.

Também é importante fortalecer a autoestima e as emoções, valorizando cada pequena vitória e olhando, cautelosamente, para todas as dificuldades e o empenho empregado para se alcançar algo.

Ou seja, a cura está dentro do próprio indivíduo. Na terapia, o psicólogo ou psicanalista irá trabalhar, com técnicas específicas, todos os gatilhos que disparam essas sensações destrutivas, auxiliando no reconhecimento das potencialidades para que a pessoa possa assumir seu crescimento pessoal.

 

Dra. Andréa Ladislau  /   Psicanalista

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