A segunda cervejaria instalada em Niterói completa 5 anos. Nascida como Serra Verde Imperial, seguiu no mercado com o nome adotado quando era uma marca cigana: Máfia. A festa de aniversário será no próximo dia 26, das 13h às 18h, no bar da fábrica, em Itaipu (Estrada Francisco da Cruz Nunes, 9777), com entrada mediante compra antecipada de ingresso.
Por pouco, a cervejaria não foi construída na cidade serrana de Nova Friburgo – por isso o nome Serra Verde Imperial. Porém, terminou com o mesmo CEP da Noi, em uma área de 400 metros quadrados, bem perto de onde já estava a marca “veterana” de Niterói.
Há um ano, Máfia e Masterpiece – a quarta fábrica cervejeira a se instalar na cidade, se uniram em uma Joint Operation. Esse tipo de acordo comercial prevê que as marcas envolvidas continuam a existir, separadamente, para o mercado. Porém, atuam como uma única empresa, com administração conjunta de portfólio, maquinário, pessoal e recursos financeiros e de logística. André Valle, CEO da cervejaria Masterpiece, se tornou também o CEO da Máfia.
Ele deu uma breve entrevista para Lupulinário, onde fez um balanço das atividades da marca.
Lupulinário: Como avalia a Máfia enquanto uma cervejaria com cinco anos de mercado?
André Valle: A Máfia está em uma nova fase de sua breve vida. Obviamente a pandemia afetou bastante as cervejarias artesanais, mas o fato de termos uma produção própria e o Bar da Máfia, que é um dos mais conceituados da cidade, ajudou bastante neste período tão difícil para a maioria das empresas. Logo, agora é esperar os próximos 5 anos com crescimento e sucesso.
O que esperar da marca ao longo de 2022?
Ainda estamos investindo bastante no aumento da capacidade produtiva, o que pode ser visto na fábrica. 40% dos fermentadores comprados já foram entregues, e o lançamento da Oba!, uma light lager vendida em PETs de 2 litros, foi um grande sucesso. A expectativa é que ela esteja disponível em 100 supermercados até o final do ano. Nosso disk chopp também se consolidou, com novos equipamentos e mais capacidade de atendimento. E estamos participando ativamente em eventos em Niterói e no Rio de Janeiro.
Foi produzida cerveja comemorativa para a data?
Não, mas nossos clientes poderão degustar cervejas lançadas para o Mondial de La Bière, que voltam à nossa tap list, como a Verona, uma Red Ale com lactose e goiabada. Nossos clientes também poderão escolher entre 19 chopps plugados, com a ampliação feita no Bar da Mafia.
Identifica algum ponto fraco na marca e, se for o caso, o que esta sendo feito em relação a isso?
Reformamos nossa área comercial e os resultados estão aparecendo, com novos PDVs sendo ativados mensalmente. Também inauguramos um quiosque na Praia de Itaipu, que já está funcionando e será exclusivo da marca.
Há um ano aconteceu a união entre Máfia e Masterpiece. Que avaliação é feita do negócio?
Ambas as empresas se beneficiaram da operação conjunta, trocando melhores práticas, experiências, compras conjuntas e desenvolvimento de receitas colaborativas. E os resultados já vieram, afinal, foram 29 medalhas ganhas pelo grupo e isso é uma garantia de qualidade para nossos clientes.
Houve reajustes de metas?
A nossa análise é que estamos agora navegando no chamado ambiente VUCA (Volatility, Uncertainty, Complexity e Ambiguity). Logo, ao invés de utilizar métodos preditivos como no passado, passamos a utilizar métodos ágeis, de forma a reagir mais rapidamente às mudanças rápidas no ambiente.
Houve mudança societária?
Não, o acordo firmado no ano passado continua em vigor.
A meta para 2022, em termos de produção, era as duas marcas chegarem a 200 mil litros por mês. Essa meta já foi atingida?
Houve um atraso na entrega dos equipamentos comprados, logo esperamos atingir esta meta no meio do ano que vem.
Qual a produção mensal atual da Máfia?
Atualmente a produção está na faixa de 50.000 litros/mês.
Qual o público alvo da Máfia e qual o público alvo da Masterpiece?
Não identificamos muita diferença entre os dois públicos alvo. Tratam-se de pessoas que apreciam cerveja artesanal de qualidade, feitas localmente. No caso dos bares das duas fábricas, notamos, no entanto, que o Bar da Máfia é mais frequentado por famílias do que o da Masterpiece.
Qual a principal vantagem de manter as duas marcas em separado?
Existem razões de natureza tributária, bem como de posicionamento. É basicamente o que a Ambev fez quando manteve Brahma e Antarctica no mercado após a fusão das empresas.
Qual seria o presente ideal para a Máfia ganhar neste quinto aniversário?
Que nossos clientes continuem fiéis à nossa marca, e que todos os nossos projetos sejam bem sucedidos.