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O Centro de Teatro do Oprimido e a instituição francesa Pas à Passo Théâtre de l’Opprimé realizam o lançamento do programa “Des-Mordaça”, na Sala Nelson Pereira dos Santos, às 16h, na próxima quarta-feira (18), dia Nacional da Luta Antimanicomial. A entrada é gratuita.
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Idealizado pela psicopedagoga e mestra em relações étnicos raciais (CEFET) Claudia Simone, o programa propõe visitar obras do Teatro do Oprimido e do Teatro das Oprimidas, além de analisar textos, artigos, ensaios e conceitos que fortaleceram a prática dos grupos, a criação de espetáculos de Teatro-Fórum e a compreensão e desenvolvimento da Estética Feminista. Após a exibição, haverá uma roda de conversa com Claudia Simone, Rachel Nascimento, Monique Rodrigues e Walkiria Nictheroy.
O primeiro episódio a ser exibido, “Isso é coisa da minha cabeça?”, aborda o racismo como crença na superioridade de algumas raças sobre outras, que justifica a desigualdade entre os grupos. O vídeo propõe um debate sobre impacto do racismo na saúde mental de negras e negros no Brasil. A narrativa audiovisual compartilha fragmentos de obras de Teatro-Fórum de dois grupos de Teatro do Oprimido – Pirei na Cenna e Cor do Brasil -, e um grupo de Teatro das Oprimidas, o Coletivo Madalena Anastácia.
A atividade conta ainda com a apresentação do Grupo Pirei na Cenna com a peça de Teatro-Fórum “Doidinho para Trabalhar”, que aborda a temática do mercado de trabalho para o usuário de saúde mental através da história de Severino que, após receber alta de um hospital psiquiátrico, tenta encontrar trabalho.
O lançamento é uma parceria com o projeto Teatro das Oprimidas do CTO, com patrocínio da Petrobras e da Secretaria Estadual de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro, através da Lei Estadual de Incentivo à Cultura.
Serviço:
Lançamento do programa Des-Mordaça
Data: 18 de maio
Horário: 16h
Local: Av. Visconde de Rio Branco, 880 – São Domingos, Niterói, RJ.
Programação:
16h – Abertura com a apresentação da peça “Doidinho para Trabalhar” (grupo Pirei na Cenna)
17h – Lançamento do primeiro episódio “Isso é coisa da minha cabeça?”
17h30 – Roda de conversa com Claudia Simone, Rachel Nascimento, Monique Rodrigues e Walkiria Nictheroy
Classificação Livre
Sobre o grupo de Teatro do Oprimido Pirei na Cenna
Formado por usuários e simpatizantes do sistema de saúde mental, criado em 1997, no Hospital Psiquiátrico de Jurujuba pela diretora artística Cláudia Simone Santos. A partir daí, começa a trajetória do Pirei na Cenna que já esteve em 13 estados do Brasil e, em 2012, ultrapassou não só os muros do hospital psiquiátrico como também as fronteiras do país para o I Festival de Expressões Artísticas Antimanicomiais na cidade de Rosário, na Argentina. Em sua primeira temporada internacional fez ainda apresentações em Buenos Aires.
Sobre o Centro de Teatro do Oprimido – CTO
Centro de pesquisa e difusão cultural. Desenvolve a metodologia do Teatro do Oprimido em Laboratórios e Seminários de Dramaturgia, ambos de caráter permanente, para revisão, experimentação, análise e sistematização de exercícios, jogos e técnicas teatrais. O CTO foi dirigido por Augusto Boal ao longo de seus últimos 23 anos de vida e, hoje, sua equipe dá prosseguimento ao trabalho.
Sobre o projeto Teatro das Oprimidas
O projeto Teatro das Oprimidas tem como objetivo geral fortalecer os Grupos Teatrais Populares de TO (Teatro do Oprimido e Teatro das Oprimidas), ampliando sua atuação para além das cidades do Rio e Niterói, chegando em Duque de Caxias, Itaboraí, Macaé, Maricá, Nova Iguaçu e São Gonçalo. Realiza oficinas de TO para estimular multiplicadoras/res e cenas que mobilizem alternativas transformadoras para a juventude, em espaços populares e institucionais, com a metodologia da Estética, do Teatro do Oprimido e do Teatro das Oprimidas.
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