COMPARTILHE
Pelo menos desde 2015 o estado precário da Policlínica Carlos Antonio da Silva, localizada no bairro de São Lourenço, em Niterói, tem sido objeto de denúncia de vereadores. O local é responsável pelo atendimento de centenas de pessoas que vivem na região próxima ao centro da cidade e, sobretudo, abriga o importante Ambulatório de Saúde Mental, além do Centro de Especialidades Odontológicas.
Leia mais: Suspensa votação do PL que aumenta o gabarito em Niterói
Nesta terça-feira (3), o vereador e presidente da Comissão de Saúde e Bem-Estar Social da Câmara, Paulo Eduardo Gomes (PSOL), fez uma indicação ao poder executivo para o início imediato das obras necessárias na Policlínica Carlos Antonio da Silva. Ele também pede a convocação dos profissionais de saúde necessários ao seu pleno funcionamento, como, por exemplo, os aprovados no concurso e os 40 trabalhadores que tiveram seus contratos renovados pela Lei Municipal 3696/2022 especificamente para atuar nesta unidade de saúde.
No documento, ele solicita que seja enviado um ofício ao prefeito de Niterói, Axel Grael, para que a Policlínica Regional Carlos Antônio da Silva seja priorizada no cronograma do Projeto Niterói 450 anos. Ele cita como principais demandas os investimentos e obras necessárias para reestruturar a unidade de saúde e garantir dignidade aos seus trabalhadores e usuários.
Denúncia não é de hoje
Em 2015, a Prefeitura já havia recebido uma denúncia do parlamentar quando o teto do Ambulatório de Saúde Mental caiu parcialmente, interrompendo o serviço e causando prejuízos aos usuários e profissionais. Em outras diversas ocasiões, foram encaminhados também ofícios para a Secretaria Municipal de Saúde e Fundação Municipal de Saúde solicitando providências no sentido de melhorar as condições da Policlínica.
A denúncia já ultrapassa seis anos. No dia 30 de dezembro de 2019, houve a abertura de um contrato firmado, com a empresa Neon Rio, com o objetivo de promover a execução de obras e serviços da policlínica. O contrato deveria ter sido finalizado em até 60 dias, mas não foi concluído, apesar de o Estado de Emergência em Saúde Pública ter sido decretado em Niterói apenas no dia 16 de março de 2020, ou seja, depois do prazo contratual previsto.
– Recentemente visitamos a unidade e verificamos que a situação se encontra exatamente igual àquela já denunciada por nós desde 2015. Há uma necessidade extrema de que as obras previstas desde 2019 sejam, de fato, executadas e priorizadas diante do anúncio da previsão de recursos orçamentários a serem alocados na unidade, uma vez que a precariedade do prédio vem afetando duramente todos os seus trabalhadores e usuários – ressaltou o presidente da Comissão de Saúde da Câmara, Paulo Eduardo Gomes.
COMPARTILHE